domingo, 22 de agosto de 2010

Aviso.

Eu me sinto péssima de fazer isso. Você me deixa sem alternativas, eu te disse que ia seguir com minha vida! Mas, por favor, faça com que eu te espere, já que meu corpo está padecendo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Sal no pés, sal nos olhos.

Eu pedi pro mar, com cheiro de rosas, que a dor sanasse; e as ondas disseram "amém".
Gotas salgadas caem dos meus olhos, mas não são de dor...
São de saudades. Saudades do passado que eu não era singular.

domingo, 20 de junho de 2010

Agora.

O tempo exige um corpo. A matéria em si, não tem valor moral e tão pouco sentimento, deixe isso para a alma; só tem desejo, seja ele em qualquer forma dita física. Corpo é corpo, não é alma.

sábado, 15 de novembro de 2008

Matemática egocêntrica

Sou tão complexa feito uma matemática egocêntrica, sendo que não sou nenhum número par.
Sou ímpar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Arte de amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.




Manuel Bandeira

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Era Vargas

Tudo que faço é errado, segundo as leis patriarcais. O amor é “obrigatório”, não percebe? Somos obrigados a amar desde quando nós somos meros zigotos, contudo, quando se torna um ser formado, com suas idéias formadas, entra-se em controvérsia com seus pais.
Somos responsáveis por nós mesmos e por nossos atos, após de atingir uma certa maioridade, nos tornamos revolucionários, pelo seguinte fato que vivemos dentro duma Era Vargas em nossas casas.
Ruflamos nossas assas em busca de liberdade, mas tornamos a cair na mesma gaiola do amor “obrigatório”. Por mais que fiquemos com raiva, nós amamos nossos pais e nossa ira é transformada em rancor, que por sua vez é esquecido ou ignorado a medida do tempo.
Para eles seremos eternas crianças até provarmos e agirmos como adultos. A ilusão tem que ser lapidada para ser transformada em realidade, mas como qualquer artesão temos que ter paciência e trabalhar com carinho.
Resultado final será realidade e amadurecimento, você cresceu, parabéns! Seja bem-vindo ao mundo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Arte urbana

Na madrugada fria da cidade de concreto, crianças vendem flores. Seus rostos, cobertos com a máscara da tristeza recebem moedas de burgueses felizes. Somos soldados de chumbo fazendo pose de atitude, contudo, permanecemos presos sobre o nosso peso, estagnados no chão.
A vida é um paradoxo que causa sobre nós um espírito revolucionário estático. Do que adianta um país ser rico economicamente se seu povo é pobre de espírito? Frente à personalidade passível, nos conformamos com as crueldades dos nossos dias.
As nossas ruas são um museu da realidade em que fome, miséria, tristeza e ganância são a nossa arte. Andaremos pela galeria, nos chocaremos e voltaremos para a nossa casa e cerraremos os olhos que vêem, tal como cerramos os da nossa alma.
Mudaremos a nossa arte? Não sei, mas como já dizia o poeta, “tenho 2 mãos e o sentimento do mundo”